Dica de livro: Palavras quebrarão cimento

Os livros passeiam entre a estante e minhas mãos. Alguns são lidos compulsivamente, outros ficam nesse vai e volta sempre que quero me aprofundar em um assuntou ou acessa-lo devido a algum tema que esteja rondando o meu presente.

Com a notícia na guerra da Ucrânia, lembrei desse livro que comprei há uns três anos. Ele conta a história do grupo revolucionário punk feminista russo, Pussy Riot. Pra quem nunca ouviu falar, cinco mulheres, uniram-se para produzir música, arte e política, através de performances rápidas, na maioria das vezes em lugares não autorizados em prol dos direitos das mulheres e contra políticas discriminatórias do governo Pútin. A banda surgiu em 2011, logo após o atual líder declarar seu interesse em retornar ao governo da Rússia.

Ficaram conhecidas mundialmente após entrarem na Catedral do Cristo Salvador, em Moscou, usando roupas e balaclavas coloridas, e apresentaram uma “oração”, onde pediam à Mãe de Deus para “livra-lás de Pútin”. A repercussão do ato viralizou nas redes e nos principais jornais do mundo. Três das integrantes foram condenadas e duas delas, enviadas para prisões remotas, vivendo em condições análogas à escravidão e tortura. Obviamente são perseguidas até o presente e já sofreram outras prisões. Estiveram no Brasil em 2020, antes da pandemia, quem lembra desse belíssimo post em protesto ao governo Bolsonaro?

O livro foi escrito pela jornalista russo-americana Masha Gessen e conta sobre esse período de surgimento do movimento ativista ao período da prisão, e muitos trechos revelam como é ser mulher no país de Pútin, a sua política ditatorial, misógina e de extermínio.

Fica a dica de leitura!

Obviamente estão contrárias as ações da Rússia contra a Ucrânia, e Nadia Tolokonmikova, criou uma organização digital e venderá NFTs para doar o que arrecadar as organizações civis ucranianas.

É isso, sigamos acompanhado as atualizações sobre tudo que anda acontecendo. Depois de uma pandemia (que nem é “depois”, ainda estamos perdendo tantas pessoas), agora temos uma guerra com consequências devastadoras. Um mundo de loucos, difícil assimilar tanta crueldade.

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