Sobre uma nova realidade, bêibê

Essa foto é só pra mostrar que a cada dia a gente tem um desafio. Grande ou pequeno o desafio, Miga. Todo dia tem uma coisa diferente pra gente fazer.
Essa foto é só pra mostrar que a cada dia a gente tem um desafio. Grande ou pequeno, Miga. Todo dia tem uma coisa diferente pra gente fazer. E fazer compras com menino e ainda chovendo é um grande desafio pra mim. rs

Tive que esperar dois dias pra escrever esse texto pra conseguir raciocinar direito. Meus amigos me encontraram pra almoçar e me perguntavam o motivo dos meus olhos inchados. Eu apenas conseguia dizer que era por causa de uma alergia nos olhos. Não era mentira, mas era apenas meia verdade. Meu motivo era uma ligação da coordenadora pedagógica da escola dos meninos e uma reunião. Ela falou com o meu marido que a gente precisava conversar  e obviamente, eu fiquei uma noite sem dormir, um dia agoniada, quase quebrei minha dieta com doce e só ficava tentando descobrir o que tinha acontecido, o que eles tinham aprontado dessa vez…como se pudesse adivinhar, sabe?! Como se fosse possível diminuir minha angustia com o meu faro jornalístico.

Aliás, deixa eu te contar uma coisa sobre o meu faro jornalístico…Depois de alguns bons 3 anos em casa com as crianças, arrumei um emprego fixo e é o lugar que sempre sonhei trabalhar . Sim, eu tinha o sonho de estar justamente lá.  Fiz alguns freelas antes disso e estava sempre perto dos meninos. Trabalhava dois meses em um projeto, cobrindo férias de alguém e depois ficava uns meses em casa. Conseguia ir a escola, conhecia todas as mães e era ativa nos grupos do whatsApp da escola. Fazia natação com o menor e filmava os avanços no nado do maior. Era a responsável pelos deveres de casa, almoço e todos os cuidados. Sabe de uma coisa?! Eu adorava essa vida! Ah, como era bom estar MUITO tempo com eles, mas também era constrangedoramente sensacional quando alguém me ligava pra começar um novo JOB. Dois prazeres numa vida só. Não estava apenas do lado das mães que estão em casa e nem das que trabalham fora: vivia meu próprio sonho azul de bolinhas brancas. Eu podia fazer as duas coisas.

Não tenho vergonha de assumir que o meu faro jornalístico precisava ficar mais aguçado, surgiu a oportunidade e agarrei com todo o meu coração a chance de me lançar em algo diferente.  Tenho poucas amigas jornalistas que não estão nas redações e assessorias da vida desde que estudávamos. A maioria saiu da “escola” para a vida real. Eu engatei um menino no outro e me formei nesse processo em jornalismo e em outra realidade. Não é apenas ler jornal e assistir as reportagens do horário nobre que vão te tornar uma boa profissional. Não nasci jornalista. Sobre o meu faro: está ainda em construção e por essa razão dei e dou muito de mim no  novo emprego.

Você pode ter escolhido ser apenas mais um empregado no seu trabalho, pode ser que queira ser chefe um dia, mas eu, nesse ano, queria apenas conseguir responder a todos os pedidos que me eram feitos dando o melhor de mim e levei quase 6 meses pra conseguir identificar as siglas, as pessoas e o que cada uma fazia dentro do lugar. Levei duas semanas pra começar a sair do trabalho achando que dava conta daquilo. Duas semanas me sentindo perdidamente perdida e com dúvidas a respeito de mim. Levei 6 meses (e 10 kg a mais ) pra começar a descobrir que comida não fazia todas as minhas demandas se tornarem mais fáceis. Hoje ainda tenho MUITO mesmo pra aprender e estou extremamente feliz, sabe. Não importa ter tido nos 3 primeiros meses de trabalho mais de 40 horas de hora extra. Ou você se dedica ou você se dedica, eu penso. Ninguém me pediu mais de mim lá e também nem precisariam. Mas eu queria dar mais de mim, o melhor que conseguisse e ainda penso assim. Você precisa estar comprometida com os seus resultados.

E o resultado da minha dedicação +casa + família + rotina + cachorro  veio na última reunião da escola dos meninos: duas crianças regrediram, mudaram o comportamento na escola e estão passando por um momento delicado. A coordenadora, as professoras, as mães amigas quase tiveram que me dar um copo de água com açúcar pra me acalmar. Cada um que cruzava meu caminho via a minha alergia nos olhos, minhas verdades pelas metades estampadas na cara e sabe qual é a maior verdade de todas que aprendi: essa é a vida real,  essa é a maternidade!  Mistura tudo.

Não interessa quem assumiu seu papel na sua família. Não vou dizer que um filho precisa de uma mãe e de um pai bem definidos  num papel. Não é isso. Eles precisam das pessoas e do papel que elas representam na vida deles, independente de quem seja. Se é seu marido, a vó, se é vô, se é a tia distante ou a cunhada próxima, a tia fofoqueira, o priminho menor, a mãe… cada um tem o seu papel naquilo que é a família e por mais que eu tivesse pessoas me ajudando em todas as atividades que envolviam eles e ajudando muito bem, faltava aquele tempo que eles tinham com a  Gabi mãe. Chegar em casa APENAS depois do trabalho não era suficiente pra quem tinha uma mãe em casa o tempo todo. Já era possível ver isso refletido em algum lugar.De um lado estavam eles “precisando”da mãe e do outro estava eu, que não sou apenas mãe,  distribuindo o meu tempo  e sendo igualmente feliz, empolgada, estressada, cansada com novas atividades. Todos nós envolvidos precisando se adaptar.

Não estou diminuindo o papel da mãe em casa dizendo que sua presença não é tão importante, mas ser mãe é apenas um dos papeis que você vai ter na sua vida e todos eles vão exigir de você seu suor, suas noites, suas manhãs, suas lágrimas e seus sorrisos. Algumas vezes, os papéis estarão perfeitamente definidos e algumas vezes, se chocaram a ponto de te exigir um esforço ainda maior pra fazer a vida ter equilíbrio novamente. Ou você desisti ou simplesmente encara a vida.

Na minha cabeça tenho vários questionamentos:

Largo tudo?

Sou uma boa mãe?

Estou traumatizando meus filhos?

Será que ter filhos tão cedo foi a melhor opção? 

Meus filhos serão tratados diferente pelas pessoas agora por precisarem mais de atenção?

Vai dar tudo certo?

Vai dar tudo errado?

 E a frase que martela, como resposta, é sempre a mesma:

Seja bem-vinda a uma nova realidade, bêibê! Essa é a sua vida. 

Você pode escolher culpar a escola, a professora, as pessoas que ajudaram você com os seus filhos (como se não tivessem feito o suficiente), pode pedir desculpa aos seus filhos (apenas por estar sendo você mesma?!) ou pode tocar a bola pra frente. Não sei quem disse, mas “nada como um dia após o outro” é uma expressão interessante. Uma notícia que te abala ou te chama atenção para um momento delicado não é o final disso tudo, não é a negação de acertos como mãe. Não aprendo só eu com isso tudo e nem vai ser rápido e nem sei se ainda não vou ter que atender muitas ligações da escola na vida. As coisas podem levar 2 semanas pra se acertarem, 2 anos pra que eles e eu entendamos…

Com isso tudo, de um jeito ou de outro, os meninos aprendem que a mãe não é só deles e nem é só mãe o tempo todo. Vai passar. Mais uma vez a vida traz essa lição pra eles. A mãe uma hora vai ter que ser a esposa do pai também, filha, vai ter que ser uma profissional, a amiga, a tia, a pessoa com 10kg a mais que quer seu tempo também pra emagrecer, aquela que tem um nome, direitos (Não?!) e que existe além do papel exclusivo de mãe. Ainda os amo tanto e sou também tanto deles. E eles vão se virar sem a mãe mais algumas horas do dia fora da escola. Sim, vão encarar a vidinha deles também, vão viver e não sobreviver, como algo abandonado ao relento.

Mães, não desistam, tá?! Uma hora as coisas melhoram pra todas nós. Pioram, melhoram, pioram, melhoram…essa é a vida. Tamojunto na quebrada, mano! hahaha

Não desistam e nem se sintam culpadas. Nenhuma mãe é perfeita, muito menos nós. Ainda vamos ter que nos adaptar a vida muitas vezes. Nossos filhos vão junto e faz bem viver. Faz bem encarar os desafios de frente, ainda que com alergia nos olhos (cês entendem, né?), a gente se vira e o final tá longe. É assim que se vive o meio.

PS: Quem quer dinheiro perder 10 kg?!

PS1: ADAPTAR – modificar (algo) para que se acomode, se ajuste ou se adeque (a uma nova situação).

 

31 COMMENTS

  1. Gabi, parabéns pela maneira que você encara as coisas! Falou bonito. Continue escrevendo, seu texto prende a gente…passaria um bom tempo “te lendo” por aqui.
    Ps. Tamo junto nos dez (talvez 12) quilinhos….rsss

  2. Caramba Gabi, minha alergia no olho está igual a sua (rs), como fazer??? também ando procurando caminhos, mãe de um menino de 3 anos (que tirei da creche por ser uma guerra quase todos os dias para levá-lo), trabalho dia todo, perdi minha mãe há menos de 1 ano (que era minha maior parceira em tudo) e com uma funcionária show de bola que confio pacas mas a grana tá muiiiiiiiiiiiiiito curta e como pagá-la???? Tudo subindo de preço, dívidas, ano que vem buscando uma escola “ideal” porque dizem que com 4 anos é “obrigatório” ir para a escola (particular ou pública????? My God help me).
    PS: também querendo perder aqueles 10 quilos rs

    • @Fabiana, a gente muda, as crianças mudam, as realidades mudam e o país muda. Como fazer? Tá uma loucura…Meus sentimentos pela sua mãe, querida! Vai na fé, tá?! A gente vai tocando tudo. Uma hora as coisas ficam melhores. Sobre a escola, diante de tantas coisas, estou pensando seriamente em colocar o meu na pública. Mas pensa direitinho. O meu já tem 6 anos.

  3. Sou casa há cinco anos e nunca tive coragem de ter filhos. Dentro todas as desculpas que eu dou para todo mundo a realidade é essa: falta de coragem!

    Eu não faço ideia de como deva ser exaustivo ser tantas todos os dias. Mas ó, admiro demais!

  4. Sempre leio de tudo no ACQAMVQ, mas os seus posts tem chamado mais a minha atenção… principalmente quando fala dos seus filhos.
    Me descobri grávida em março (2015) e mãe de menino em junho… e por me ver na situação de me tornar mãe sem que antes meu bebê tenha nascido é que estou atenta a tudo que cerca este novo universo….
    E uma das grandes batalhas que tenho enfrentado é: assim que a licença maternidade acabar devo ou não parar de trabalhar para me dedicar ao filhote? Não vou ter família para cuidar enquanto trabalho. Tenho minhas dúvidas sobre os berçários (se são adequados e etc.). Gostaria muito de parar de trabalhar para cuidar dele (Lucas) nessa fase em que ele não fala, em que o mundo não entende e só a mãe consegue resolver tudo….. mas depois deste post vou repensar…. pois, como será quando eu voltar a trabalhar? Sempre trabalhei fora, não sei o que é não trabalhar, não sei o que depender de grana do marido. Fico me perguntado se vou ser “menas mãe” por isso? Afêêê são muitas coisas que me perturbam… e o bebê nem nasceu….
    Mas boa sorte pra nós! Deus no controle =D

    • @Fernanda Nascimento, fica tranquila. Eu já estive exatamente onde você está agora…sabe, essas coisas ficam na cabeça da gente mesmo e me identifico com você muito mesmo. Mas não dá pra sofrer por antecedência, sabe. Espera o bebê chegar, espera pelo menos, um mês ele no colo pra pensar no que vai fazer. É tão legal curtir isso. E esteja aberta pra se adaptar ao que vier. Se decidir ficar em casa, levante a cabeça, tá?! É por uma causa super nobre e exige coragem. Se decidir trabalhar também! É uma decisão corajosa e uma causa nobre igualmente. Que tudo dê certo pra você e pro seu menino, sua família. 🙂

  5. Gabi, entendo perfeitamente toda esta loucura, seja forte, somos mil pessoal em uma e isso não muda, o que muda é a forma como nos adaptamos. Hoje mesmo falava com uma amiga que tem 3 filhos pequenos, e motivava ela para voltar a vida profissional. É tão fundamental tudo, filhos, marido, família, trabalho, tempo pra gente… Enfim, viver todas estas façanhas são também um desafio pessoal, eu posso, qualquer um pode. Estou contigo. Bjs flor.

  6. Desde que me entendo por gente “mãe”, que fico me perguntando as mesmas coisas por muito tempo. Esse ano encontrei a resposta: os filhos precisam de qualidade do tempo e não de quantidade. Não adianta ficar o dia inteiro em casa, se sua vida é assistir TV e olhar o Facebook, enquanto seu filho vive no mundo mágico/trágico do Youtube!
    Melhor ir a luta todo dia, dar o seu melhor lá e cá e, como exemplo, dizer a seu filho, a vida não é mágica, a vida é luta. Luta e amor!
    Já ouvi minha filha de 10 anos chegar em casa depois de passar um dia inteiro na casa de uma coleguinha e dizer assim: a mãe da Ana, ama ela muito porque quando ela nasceu, a mãe dela parou de trabalhar!
    Olha, correu sangue nos meus olhos e nem dei tempo dela respirar, já fui falando: pois eu vou te dizer uma coisa, minha filha, acho que te amo ainda mais porque apesar de ter que te deixar em casa com 6 meses e ir trabalhar, meu coração ficava aqui, assim como fica até hoje!
    EEEEeeeee vida!

  7. Gabi, super entendo a sua alergia nos olhos, já tive tanta que eu acho que meus olhos já estão até sensíveis a luz rsrsrsrsrs
    Sou mãe de um menino especial de 8 anos, tenho estas mesmas perguntas (acho que toda mãe tem ), eu trabalho o dia inteiro e minha mãe que cuida dele para mim, meus irmãos falam que eu dedico pouco tempo para ele, que tenho que arrumar um emprego que eu trabalhe menos, mas eu que sustento a minha casa eu realmente não posso me dar a este luxo, minha irmã mais velha me pressiona para passar em um concurso público, porque toda mãe de especial tem que ser concursada (não sei da onde ela tira isso), mas enfim, tamo junto nesta sinuca, ser mãe, mulher, psicologa, professora, profissional não é fácil, por isso sempre rezo para ter costas mais largas ( no sentido figurado é claro).
    PS: perder uns 10 quilinhos seria muito bom também.

  8. Gabriela,
    Nesse jogo, o da Vida, sempre o melhor é joga a bola pra frente e driblar as dificuldades. Você vai bem, todas na mesma situação vão bem. Um dia um sorriso e no outro uma ou muitas lágrimas. ..faz parte. ..

  9. Minha querida, essas são as dores e as delícias de ser MÃE. A vida nos convida a viver papéis diferentes neste grande espetáculo. Vivi as duas situações, estar totalmente disponível para a primeira filha, e estar ocupadissima saindo as 6h30 de casa, com duas crianças a tiracolo, passando o dia inteiro fora de casa e retornando só a noite, ou seja ausência completa para a segunda filha, embora estivesse presente em todas as reuniões da escola, festas, passeios enfim. Não sentir culpa é algo que desconheço na vida real de uma mãe, todas nós em algum momento se sente culpada por algo, mas nosso filhos quando começam a compreeender que o trabalhar nos faz bem, gera dinheiro, possibilita e abre novos horizontes o coraçãozinho deles se acalma e a gente também. Hoje vivo outra realidade, uma filha de 7 e outra de 10 que me empurra a sair de casa, pq compreendeu que a mãe em casa é ótima, mas trabalhando é melhor. Então força, coragem, tudo passa e eles vão se acostumar. Desistir é deixá-los com a interrogação, só eu me comportar bem na escola que a mamãe volta, ou minha mãe não é forte suficiente para aguentar minhas birras. Eles entendem com certeza, só de um tempo para eles, converse bastante e explica a nova realidade. BJS FFF (FOCO< FORÇA E FÈ)

  10. Eu como mãe solteira e de um adolescente, tenho esses e mais 1 milhão de outros questionamentos. O fantasma que me a assombra ultimamente é o sexo, namoradas , drogas e o pior de todos : até quando ele vai ser meu? Tenho os meus sonhos minhas vontades e sei que ele vai ter tb os dele , mais como eu queria do fundo do meu coração que ele me incluísse em todos eles , mais sei que isso está fora de questão .Quero que ele tenha a vida dele , que ele tenha os próprios amigos, suas próprias historias, mais como doí saber que eu não estarei incluída nelas na maioria das vezes, como dói saber que as ligações serão para dizer :” Mãe vou chegar tarde!” , ” Mãe não vou dormir em casa hj!”, ” Mãe vou viajar com a galera!”Mais enquanto isso não acontece , eu aproveito , vemos filmes juntos ,cozinhamos juntos, fim de semana dormimos na sala vendo tv, comemos besteira e fazemos piadas idiotas que só nós entendemos kkkkkkkkkkkkk.
    Sei que estou fazendo o melhor que posso, e tenho ajuda da minha família, mais de uns do que de outros claro! Mais cada um tem os seus próprios “fantasmas” kkkkkkkk, eu só peço a Deus discernimento para fazer a coisa certa na hora certa, dizer não quando tiver que dizer não, sim quando for a hora, abraços , beijos e cafunés, mesmo quando a barba estiver por fazer. E que ele lembre de mim como a mãe linha dura, chata , mais que sempre fez o que pode.
    Ps. Tamo junto Gabi nós 10 quilos kkkkkk

  11. Sempre entrei nesse blog para ver “coisas” de decoração. Mas ultimamente ando entrando e ficando com “alergia nos olhos”. Estou grávida e imaginando o que vem por aí para eu dar conta como mãe, profissional, esposa, filha… e confesso que fiquei um tanto quanto chocada, por saber que todos os meus medos realmente são realidade. Mas como você mesmo disse, tudo passa, temos que encarar nossa vida e vamos que vamos!!! E quanto aos 10kg acho q o meu só vai aumentar. Beijocas.

    • @Camila, ai que coisa linda! Cê tá gravidinha… Deixa a gente informada desse bebê, mulhé! Então, curte todas as fases, tá?! E não fica ansiosa pelo o que vai vir e nem se apegue demais as experiências dos outros. Use a sua intuição sempre na educação dos filhos! As coisas se acertam!!! 🙂

  12. Passei por vários momentos difíceis comigo mesma quando decidi que abriria mão da minha futura carreira para cuidar dos filhos e da minha casa. Ver minhas amigas sendo independentes financeiramente, usando salto alto e maquiagem, dirigindo carros bem mais novos e conseguindo comprar seus apartamentos…e ouvir muitas vezes piadinhas a respeito da minha “amelice”. Hoje com quase 40 anos e meu diploma guardado na gaveta (de onde nunca saiu), tenho certeza de que tudo valeu a pena. Três filhos felizes e saudáveis, casa cuidada por mim (sim, eu lavo, passo, cozinho e ainda durmo com o “patrão”), vida tranquila e sem estresse. Não tenho casa própria, não tenho carrão, mas todo dia acordo feliz e realizada.
    Espero que vc encontre seu caminho e siga nele em paz.

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