
Estava muito ansiosa pra contar sobre isso aqui no blog e chegou a hora! Agora temos a nossa comunidade, longe de algoritmos e propagandas. Vou contar mais sobre o Casa Manuscrita durante a semana, tanto aqui no bloguinho como nas nossas redes.
Trouxe minha primeira “news” pra cá, porque o site da Orelo, plataforma que escolhi para esse novo projeto, está com uma indisponibilidade temporária do formato responsivo (tela adaptada pra smartphone, beleza?
Nossa newsletter e mais. Bem-vindo!
Estou sentada à minha mesa de tampo bambo escrevendo esse primeiro email há meses, talvez anos. Se parar e pensar bem…são anos mesmo. Treinando, tomando coragem, atravessando as descrenças em mim. De olhos cerrados, cabeça inclinada e mais ou menos concentrada, já que muita coisa acontece durante essa tarde chuvosa de Março. Escuto a mensagem insistente do meu desejo e digito com uma velocidade que faz meu filho mais novo questionar se já fiz “faculdade de teclado”.
Ela diz (a mensagem insistente do meu desejo) que tudo bem se ninguém se importar, achar uma bobagem, desistir no meio do caminho. É por mim. Começar, recomeçar, tentar, insistir, retomar, mudar, andar pra frente, pra trás, pagar pra ver, fazer de novo: É por mim.
Então acreditando mais em mim do que nunca, penso: Quem sou eu diante da decisão sobre uma guerra nuclear? Estou realmente assustada com a notícia que assisto enquanto escrevo esse texto, daqui da minha mesa bamba, sentindo o cheiro do bolo de baunilha que vem da cozinha. Não sou ninguém. Quem sou eu pra acreditar que posso escrever emails e conversar com pessoas “desconhecidas”, criar uma comunidade, discutir sobre assuntos que me interessam? Bem, meu nome é Ana e esse é o meu desejo, então posso fazer isso.
É assim que tomo decisões. É por isso que mudo de casa e de cidade com frequência. Sou um projeto de nômade digital de perímetro curto (nunca sai do Brasil), risos. Foi assim que decidi finalmente criar esse novo projeto, o Casa Manuscrita. Guiada também pelo desejo de mudar minha relação com você, que me acompanha e se identifica não só com decoração, arquitetura, artes, empreendedorismo, maternidade, feminismo, mas também com uma vida bem comum próxima aos quarenta anos.
Estou feliz em te receber.

“Ela tem à mão uma porta
ela tem o chão a seus pés
um teto lhe subiu à cabeça
janelas suficientemente altas
para o salto…”
Ana Martins Marques.
Para todo tipo de mal, janelas. Elas existem para a luz entrar, para renovar o ar, para respirar melhor, para enxergar além, para pensar no que vem depois, para fugir. Abra suas janelas logo cedo, todos os dias.
As crianças, por puro instinto, sobem em janelas com sede de mundo. É pela janela que a gente adormece, seja no trem, no ônibus ou no carro. É através de uma fresta de luz que tomamos coragem. É pelo vidro da janela que observamos de dentro e também do lado de fora, é o que nos separa, mas também é o que permite.
Pensar em tudo isso me faz recordar o início da pandemia quando passamos pelo isolamento e podíamos apenas olhar por esse recorte. Alguns privilegiados com vista para o mar, outros apenas com vista para uma parede de tijolos, acompanhando brigas do vizinho. Lembram de fotos e ilustrações feitas por diversos artistas mostrando um mosaico de janelas e varandas e seus personagens fazendo diferentes atividades? E os italianos que faziam shows para os vizinhos com instrumentos em suas janelas românticas?
Janelas também se abrem na palma da mão.
Criar essa comunidade é uma forma de dividir com vocês o que vejo através do meu navegador: Janelas abertas, mas com uma paisagem inspiradora. Uma curadoria de boas notícias, quem sabe um colo de vó com mãos sábias passando pelos teus cabelos, um respiro, um momento para se desligar das informações bombásticas, midiáticas, apressadas. Um momento nosso, de retorno à leitura. Você daí me imaginando falar com meu sotaque pernambucano, com braços apoiados na janela. Eu daqui te imaginando sorrindo, chorando, mexendo sobrancelhas, fazendo anotações, curtindo e conversando comigo por telepatia ou abrindo o “escrever+” do seu email., (aliás, qualquer sugestão, reclamação ou palavras sinceras, aqui ó: casamanuscrita@gmail.com).
Nas nossas quatro primeiras semanas, falaremos sobre recomeços, mudanças, tirar a bunda da cadeira, se jogar de cabeça, deixar fluir, resistência x resiliência, ABRIR JANELAS, POXA! (Juro como queria aqui ter digitado um palavrão, mas vou manter o bom linguajar pra causar uma boa primeira impressão). Vamos aprender juntos a treinar nossa visão não só para nossos espaços de morar, mas para dentro do nosso coração e da nossa comunidade.
“…Quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim”.
Cecília Meireles
E o que você ganha apoiando o Casa Manuscrita?
Tudo vai depender de como pretende apoiar o meu projeto: Você pode ser um apoiador quitinete, sobradinho, casa de vó ou casa de praia. Como assim Ana Medeiros? Clica aqui
e escolhe com carinho a forma que cabe no teu bolso.
Um email semanal com uma, duas crônicas. Textos meus, de colunistas e convidados. Uma curadoria muuuuito cuidadosa de links sobre tudo que a gente gosta. Fica tranquilex, eu sei que tu vai curtir, nos conhecemos e não é de hoje.
Sorteios e descontos com lojas e artistas parceiros. Fiquem ligados nas nossas redes sociais (@avoqueria e Facebook) que estaremos revelando por lá a galera que já entrou de cabeça com a gente! Sorteios de livros, descontos em produtos pra decorar tua casa ou te trazer um momento de auto cuidado.
Teremos também downloads de ilustrações, de pôsteres, de planilhas simples e outras coisas para organizar o teu dia a dia. Só imprimir na gráfica ou nessa impressora teimosa de casa. Nesse primeiro mês uma arte de Clau Canto (@claucanto.art), que deixou sua presença por todos os lados na minha nova casa, uma amiga que a vida me deu. Também teremos marcador de páginas, adesivos pro notebook, pra janela ou onde tu quiser lembrar do que importa. Falei de cartões colecionáveis? Ai gente…estou realmente empolgada.
E que tal um encontro pra gente falar sobre o “tema” do mês, de “tendências” de decoração, mas também pra falar de aleatoriedades? Não é pra isso que estamos aqui? Edificar a fofoca? Vai rolar sim, traga sua bebida preferida, com ou sem álcool.
Por fim, pra quem vai nos apoiar no topo, pau a pau com o débito da Netflix, enviaremos no próximo verão o recebido mais maravilhoso de todas as galáxias, uma caixa bem especial chegará aí no teu endereço. Prometo colocar um bolo de rolo dentro, pro-me-to!
Dia 02 de Abril de 2022 a primeira newsletter chega no teu email. Depois disso todo sábado, que é o dia mais alegre da semana.
Com amor,
Ana