
Todos os anos a mesma coisa: Ana Medeiros com passos apressados pelo estacionamento, as coisas caindo pelo caminho, esquece a porta do carro aberta, volta pra fechar, prende o cabelo, corre, corre, “perai,esqueci a credencial”, volta tudo de novo, respira, corre de novo e… Finalmente chego na melhor parte da feira! Essa é a cena da minha ansiedade para conferir de perto o Espaço Janete Costa.
Minha surpresa esse ano foi chegar e me deparar com 4 “blocos” de cores fortes espalhados pelos habituais 150m², o que já fez despertar esse pobre coração que só precisa de um pouco mais de pigmento em sua frente pra se apaixonar. A dupla dinâmica que assina o projeto, a designer Bete Paes e a arquiteta Roberta Borsoi, como sempre fizeram um trabalho incrível de garimpo de peças, que também podem ser encontradas durante todo o percusso da feira.
A proposta esse ano é mostrar os diversos ambientes de um escritório: Local de trabalho, lounge, copa e showroom decorados com peças artesanais e de design, além de várias outras desenhadas pela saudosa arquiteta Janete Costa, como a cadeira do escritório e o sofá da sala.
Pode agarrar os olhinhos em todas as fotos, muitas ideias bacanas pra gente adaptar, e talvez vocês entendam todo o primeiro parágrafo desse post, rs . E para quem anda pelas redondezas da cidade…Vem!!!
A valorização da arte popular brasileira e do artesanato foi a forma encontrada por Janete Costa de dar a arquitetura aquilo que se convencionou chamar de função social. Pesquisadora da arte popular a cerca de 40 anos e uma das maiores conhecedoras do artesanato brasileiro, a arquiteta sempre procurou incorporar peças produzidas artesanalmente em seus projetos. Considerava que “…o artesanato aquece e embeleza os ambientes, não se trata apenas de alternativa barata” dizia Janete.
Janete Costa nascida em 3 de junho de 1932, em Garanhuns (PE) morre após longa enfermidade. Arquiteta diplomada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Rio de Janeiro, em 1961 desenvolveu uma carreira marcada por importantes projetos de arquitetura, design expositivo e de produtos. Mas, sem dúvida uma das suas maiores contribuições se dá na divulgação da arte popular e do artesanato brasileiro.
Ela desenhava da cadeira à luminária, o castiçal e a colcha, levando em conta os mais variados materiais como a madeira, o metal, o vidro, o mármore e as fibras naturais. E, a execução desses projetos, na maioria das vezes ficava a cargo das cooperativas de trabalhadores e comunidades. Criou uma escola a qual muitos arquitetos e designers de interiores se sentem vinculados, principalmente no Nordeste. A “escola Janete” unia a cultura erudita e popular que eram absorvidas em pé de igualdade.
Nossa Ana, realmente uma lindeza atrás da outra, fiquei desejando estar lá para ver de perto!!!
Um beijo grande!
boa noite.
preciso saber, se vai ter alguma palestra no espaço
Janete Costa na fenearte 2013.
Terá sim Alberto, no site da Fenearte (Linkado no texto do post) tem a programação =)
Muito bonito,gostei muito das ideias todas.
Bjs
Fatima
Ana, obrigada por dividir conosco este passeio. Um show de bom gosto. Adoraria morar ai por perto para ver. Mostre mais!!!
bjs
Virginia Costa
Ana, um excelente texto parabéns! O espaço tá muito bonito, você tem mais fotos do espaço que possa postar?
Um abraço!
Ana! Amei tudo fiquei babando no carretel de fio… e sabe o que aconteceu? Achei um lindão na rua, fiz o maridao ir as 22:30 h. pegar pra mim e ja estou cheia de ideias!!! Vai virar uma linda mesinha no quarto da filhota! Amo seu blog. Bjo
Ana, conheci de perto o trabalho da Janete por ter convivido um pouquinho com a Roberta Borsoi, que é filha da Janete. Isso foi há muitos anos atrás, e fico feliz de ouvir (e ver) o trabalho da Robertinha. Um abraço!
O móvel de compensado com engradados é do Mauricio Arruda (https://www.facebook.com/MauricioArrudaArquiteturaeDesign), mais mole mole de fazer também.