O caminho de volta

Todos nós já passamos por alguns relacionamentos abusivos, mas talvez o maior deles chegou ao fim no último domingo. Eu, que tanto valorizo cada um dos meus recomeços, sinto-me inspirada e movida por essa escolha coletiva e tão simbólica. Respirar vem sendo mais fácil, falar sobre futuro com meus filhos, também. Sinto-me mais disposta, confiante e atenta a cada passo, com as janelas abertas para o sol entrar.

Coincidentemente minha vida desandou demais desde 2018. Muito mesmo e em todos os sentidos: minha saúde mental foi pro saco, minha vida financeira um desastre, a amorosa nem se fala, nunca me senti tão perdida profissionalmente.

Puxei esse assunto enquanto conversava com um amigo e falei sobre a energia das pessoas. Na minha cabeça o Brasil andou pesado, nós ficamos pesados, as ruas ficaram pesadas, o mar ficou pesado, a mata atlântica ficou pesada. Ele é um cara todo holístico e eu já sabia que o papo iria por um caminho fora da minha zona de conforto, até que fala “Gata, todo mundo tem energia, algumas pessoas mais, outras menos. As pessoas que não conseguem lidar muito com a sua própria quantidade de energia, ou derrama em você ou suga de você.

Na verdade nem sei porque estou escrevendo isso, mas vão se acostumando que agora vou chegar aqui com uns assuntos doidos, sem pé nem cabeça. Largue de vez ou seja minha amiga.

Só sei que quando a gente se liberta de pessoas tóxicas as coisas mudam. Enxergamos com mais lucidez, sentimos o sabor mais forte, nossos ouvidos deliram com palavras simples. A luz entra, o vento sopra e a energia é totalmente sua. O peito abre. E no caso “Brasil”, foi muita energia, bicho. Tem sido ótimo sentir ela voltando!

Então quando acordei hoje fui limpar minha casa. Organizei o meu banheiro e quando vi estava já espremendo o pano de chão que passei na cozinha. Comprei temperos pelo delivery e ração pro meu cachorro, confirmei uma reunião pra amanhã e um pix caiu na minha conta, fruto do meu trabalho. Estou até aqui, no meu bloguinho, escrevendo pra você, mostrando minha casa e abrindo meu coração.

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É a neta de D. Edite. Ana comanda o #ACQMVQ há 15 anos e vive diariamente decorando aqui e ali. Trabalha home office produzindo conteúdo para o blog e outras empresas. É mãe solo, escritora, empreendedora e pesquisadora dos jeitos de morar. Atualmente está debruçada sobre como a nossa criatividade pode tornar os nossos lares verdadeiramente afetivos.
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3 COMMENTS

  1. Oiiiiiiiiii, também me sinto assim, livre, leve. Te seguindo sempre , sempre, desde o começo. Abraço

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