
O tema da Casa Cor 2023 será Corpo e Morada “Estamos na Era do Cuidado. Cuidar da casa como se cuida do corpo e do corpo como se cuida da casa”. Bonito, né? Curiosa pra saber se teremos algo realmente interessante dentro dessa proposta, porque passa ano e sai ano, mesmo tendo consciência do público elitista que a marca se conecta, a impressão que tenho é que só andam em círculos.
Pedro Biel, Diretor de Relacionamento e Conteúdo, fala em 3 eixos em desenvolvimento:
Afeto e memória, que faz referência ao conforto, ao acolhimento, ao pertencimento e aos objetos com história, que criam e reconstroem conexões.
O movimento Plantoproceno, em que o interior e o exterior das casas se confundem e se fundem com o verde e as plantas como fator de integração desses ambientes.
A tendência Vintage Consciente, liderada pela Geração Z, com nascidos a partir de 1997. Essa geração, segundo Pedro Ariel, teve seu futuro ‘roubado’ pela pandemia e pelas mudanças climáticas e a resposta será sentida em breve nas formas de consumo (com o crescimento de brechós, peças reformadas e reutilizadas) e no jeito de viver.
Na boa? Tudo isso já temos em pauta desde os anos 2000, e mesmo que tenhamos muitas inovações em termos de construção e materiais, como uma humilde blogueira irrelevante, continuo achando que a discussão sobre a essência da relação das pessoas com suas casas ainda é muito pequena.
Aqui temos os temas dos últimos anos:
2018 – A casa Viva
2019 – Planeta casa
2020/2021 – A casa original
2022 – Infinito particular
Com as consequências climáticas como pano de fundo, temos um novo termo que também volta a ser usado, a Casa Biomimética, que na prática representa a busca por respostas na natureza e afirma que esse é um dos principais caminhos que devem guiar o segmento e as novas construções, tipo “vamos ver como a natureza fez isso um dia e vamos copiar”. Lindo na teoria, pq na prática não gera lucro, então você sabe…
Repito: Estou querendo errar. Talvez esteja um pouco rabugenta hoje.