
Esse é o incrível ap da Júlia. Estive mostrando nas últimas semanas, lá no Instagram, esse pequeno espaço que me trouxe bastante reflexão. Confesso que estou um pouco cansada do termo decoração afetiva ou “cheia de personalidade”. Tenho buscado um outro tipo de significado pra sentimentos de pertencimento e expressão desse nosso “eu” na decoração, porque na minha cabeça, parece que estamos criando um novo padrão e validando termos que nem sei se realmente são o queremos dizer ou sentir. Não sei se estou ficando louca, ainda não tenho uma conclusão consistente pra apresentar, mas pra mim tem sido um processo muito mais de conexão do que o velho clichê de que um ambiente pra ser legal tem que ser a “cara do dono”. Nós não somos donos de nada e não precisamos correr desesperados para que cômodos, paredes, móveis, roupa de cama, tenham a nossa cara.
Sei lá, estou divagando, ou talvez, buscando me libertar até mesmo desse fluxo que os blogs de decoração tomaram quando designamos algo como “uma casa de verdade”. O que espero que entendam, por ora, é que os rituais, a simbiose, os sentimentos que brotam na gente quando estamos em casa, no dia a dia, chegando do trabalho, tomando um banho, colocando uma música gostosa pra ouvir no sábado de manhã, mudando um móvel de lugar ou comprando uma nova suculenta, é o que tem me tocado mais, me colocado pra reflexão. Não importa muito se é a casa dos meus sonhos, com o estilo dos meus sonhos, com o sofá dos meus sonhos, com o tapete dos meus sonhos. O caminho tem sido “como construir meus sonhos onde estou, com o que tenho, com as coisas que podem brotar daqui, de dentro de mim.
Mas esse papo todo é pra dizer de alguma forma que ler as reações das pessoas lá no Instagram sobre esse cantinho tão aconchegante, cheio de espiritualidade, cores e Júlia por todos os lados, que talvez se encaixe mesmo nos requisitos do que é propagado pelas internetês da “casa de verdade”, desmoronou quando ela me disse que estava fechando o apartamento e indo pra Índia, sem data pra voltar. E é isso, né? A “casa de verdade” não é nada disso, nada do que vocês verão abaixo, ainda que seja um lugar com uma baita de uma energia que transborda a tela do computador ou smartphone. Casas são pessoas. Onde quer que elas estejam, que tamanho de apartamento ocupem, independente com quem morem, e da cor do faqueiro comprado no supermercado…
Casas são pessoas. Por enquanto é isso.
Com vocês, Júlia:
Nome, idade, profissão:
Júlia Tomé Vilela, 30 anos, designer gráfico.
muito bom, estou aprendendo a decorar e isso inspira muito
ADOREI! Muito legal e inspirador. Mostre mais casas. Bjs
Estes cantinhos são decorados com tanta dedicação e carinho que fica difícil escolher o mais bonito. É motivador
Lindo!!!!! Parabéns!!!